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  • Foto do escritor: Fabi Weber
    Fabi Weber
  • 15 de fev. de 2021
  • 2 min de leitura

Hoje vejo aqui nas prateleiras de dentro uma porção de boas palavras que eu já deveria ter dito, aquela declaração de amor para o menino que me encantou quando eu tinha 13 anos, o "adeus", o "me perdoe", o "dane-se", o "eu ainda te amo", o "fica comigo", o "eu fico contigo", o "você é especial", o "obrigado por existir", o "você mudou a minha vida" e um punhado de outras palavras boas sobre as pessoas que cruzaram o meu caminho. Por que escondemos a nossa humanidade?

É sempre mais fácil atacar com as palavras, afinal nós estamos no tempo das redes sociais e esse costume tornou-se uma espécie de esporte onde os praticantes não perdem o fôlego, eles esperam uma opinião diferente, um deslize, um boato, esperam a perfeição e quando ela não vem, as palavras viram punhos, comentários babando ódio, fofocas infundadas, você sabe do que eu estou falando, talvez você já tenha feito isso ou talvez já sentiu a dor que as más palavras sabem provocar.

É mais fácil criticar duramente uma pessoa do que falar das coisas boas que também moram nesse mesmo ser (falo do ódio gratuito), quando alguém obtém sucesso em algo escutamos aquela voz que fala mansa e também mora dentro da gente, essa voz já sopra algo para menosprezar o sucesso e rebaixar aquela pessoa que a gente nunca viu e nem sabe 1% da história de vida que ela carrega dentro dos ossos. Estamos tão na defensiva que quando alguém nos elogia já pensamos que há um interesse oculto e aproveitador por trás daquelas palavras maquiadas.

Vamos guardando as boas palavras, elas vão se amontoando nas prateleiras da memória, corroídas pelo tempo, não ache que uma flor morta no meio das páginas da sua vida é a mesma coisa que a primavera, pois não é.

Uma palavra simples, boa e sincera pode mudar o dia de alguém.

Já mudou o meu.


 
 
 

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©2020 por Fabiana Weber.

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