Fora da caixa
- Fabi Weber
- 15 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
A caixa. Digamos que ela representa tudo aquilo que com o passar dos anos a sociedade pegou como aceitável, tornou padrão, fez moldes e escolheu definitivamente como certo - como se existisse o que fosse errado. Existem pessoas que cabem confortavelmente nessa caixa porque esses padrões pré-determinados é como elas se reconhecem. Não há problema algum com a caixa caber dentro dela como uma luva, mas o buraco sempre é mais embaixo, né? Muitos dos que vivem na caixa condenam tudo que está fora dela. Hipocritamente muitos deles sequer caberiam ali e estão loucos pra se esticar fora dela, mas no medo da repressão social, se contentam com a vida apertada e ainda apontam os dedos como se o que não fosse quadrado fosse errado. Como se só existisse preto e branco e todas as outras cores fossem equívocos da natureza. Não parece bobo isso? Não parece absurdo querer dizer o que pode e o que não pode baseado em quem eu sou ou em quem me fizeram ser? É incrível como a grande parte das pessoas que vivem fora desses moldes e tem os dedos apontados em suas direções não estão condenando os encaixados e encaixotados. Só queriam viver suas vidas em paz, sentindo suas vontades sem medos, sem repressões que não apenas os impedem na prática, mas sufocam a alma. Não poder ser quem você é, é a maior prisão que alguém pode ter. E do contrário que parece, está preso não quem está condenado por viver fora dos padrões - por mais que sofra as consequências - preso é aquele que condena. Preso é quem passa os dias a se incomodar com quem o outro é. Se dá um presente: reconheça todas as amarras que ainda te impedem de ser livre e se solta.
A vida é só essa, não há tempo para se esconder.

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