O corpo fala
- Fabi Weber
- 15 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
Aquela dor de cabeça toda vez que encontra um amigo que se relaciona de forma pesada. O enjoo na barriga na hora de ir trabalhar. O coração acelerado sempre que você tenta dar passos maiores do que as pernas. A garganta apertada cheia de coisas pra dizer. A boca cerrada, tensa sabe-se lá porquê. O corpo dá sinais. Ele não dói apenas quando uma doença está ali instalada e precisa ir embora às pressas. Ele avisa quando uma pessoa não faz bem pra gente. Ele grita por dentro desesperado tentando nos alertar que aquele caminho não é tão bom assim pra seguir. O que não era pra ser palpável se torna físico, acredito eu, na esperança de que a gente preste atenção. Pare. Observe o sinal e faça algo com isso. As pessoas não chamam as desilusões amorosas de coração partido à toa. É porque dói como se tivessem rasgando sem dó nosso coração. Aperta o peito. A gente não dá muita bola, mesmo sabendo que nosso corpo possui sua inteligência própria. Ele funciona, embora a gente não saiba como isso acontece. Os processos se dão quando dormimos. Mesmo sem participarmos. Por que então eu não vou levar suas reações sobre minhas emoções a sério? E não vamos também decretar aqui apenas que ele é uma placa indicando perigo. Ele nos mostra também as coisinhas boas que encontramos por aí. O frio na barriga que anuncia o nascimento do amor. O relaxamento de todos os músculos quando nos sentimos em uma situação confortável. O peito que explode de alegria na chegada de uma notícia boa. Seria muito pequeno dizer que ele é como uma máquina. Ele é muito mais sábio que isso e surgiu muito antes das tecnologias modernas. Ele tem o conhecimento da natureza e nada é maior que isso. Ele é a própria natureza e devemos ouvi-lo atentamente, porque é ele que tudo sabe. É nele que tudo se sente.

Comments